Máquina de editar a imaginação – Abstract Machine.

Quais são as contribuições epistemológicas do cinema interativo e da mídia para os campos da arte contemporânea e da mídia?

Pra tentar entender melhor como isso está acontecendo, compartilho aqui a partir de hoje algumas apresentações do Interactive Film & Media Journal, uma publicação semestral de acesso aberto, originada das conferências promovidas pela própria revista. Os temas abordados concentram-se em uma ampla gama de trabalhos sobre teoria digital, big data, mídia social, jogos, realidade virtual e interatividade em cinema e mídia por meio de uma abordagem multidisciplinar.

A primeira a seguir, divirta-se !!

Primeira versão final !

Este post é curtinho, somente para deixar registrado.

Esta semana, dia 24 de maio de 2021, enviamos a primeira versão final do texto da nossa pesquisa de Mestrado em Indústrias Criativas, sobre o software de mídia Korsakow e seu uso em produção de narrativas interativas documentais.

Uma boa parte do percurso desta pesquisa pode ser visto aqui, ao longo dos posts desse Blog.

Começamos em 2019 com dois primeiros semestres intensos e gratificantes, depois a pandemia nos trouxe aulas à distância em 2020. Mantivemos em 2021 os encontros virtuais com meus orientadores, os Prof. Doutores João Guilherme e Anthony Lins, que mais que professores se tornaram amigos de todas as horas e dúvidas.

Agora é ver os ajustes finais e partir para a defesa. Espero que possa contar com a presença da Profa. Dra. Kátia Augusta Maciel (UFRJ) e do Prof. Dr. Dario Brito (UNICAP), presentes na banca de qualificação.

Após a defesa pretendemos apresentar aqui um texto no formato de ebook, para quem tiver interesse na pesquisar sobre o campo dos documentários interativos.

Nem ficou tão curtinho assim … Vamos preparar a defesa então !

Se cuidem e Saúde !!!!

Mapeando novos terrenos, né McLuham ?

Quero trazer aqui hoje duas ilustrações propostas pelo pesquisador australiano Adrian Miles, em artigo de 2017, sobre o que ele imagina onde possa estar se situando o campo de estudo dos documentários computacionais, termo que ele também propõe.

Ele explica, “a figura 3 é mais apropriada, proposicional e didática. Aqui, os estudos documentais ainda se encontram dentro dos estudos de cinema, com a introdução do campo mais recente de novos estudos de mídia, sobrepondo estudos de cinema. Isso reflete a influência agora óbvia da digitalização na gravação, edição e distribuição do cinema, e o exame teórico do que essas mudanças provocaram na produção, no estilo, na economia e na agência de mudanças do público. Também reflete a extensão em que os estudiosos do cinema e dos estudos documentais confiam nas teorias de Lev Manovich, em The Language of New Media, para criação de novas mídias”. (MILES, 2017, pg. 9, tradução nossa).

Já nesta figura ele sugere ” a figura 4 é uma maneira mais interessante de se questionar sobre o documentário interativo como um emaranhado confuso de pessoas, mídia, tempo, tecnologias, interatividade, materialidade e produção, do que os estudos de cinema e documentário alcançam por si mesmos. Isso está mais próximo do que algo chamado não-ficção computacional poderia fazer. (MILES, 2017, pg. 10, tradução nossa).

A proposta de estudos proposta por Miles situa-se na confluência entre as Teorias de Ator Rede e Novo Materialismo para o campo no que esclarece ainda: ” neste desenho, os estudos de cinema não fornecem mais as lentes principais para a exibição e a realização de documentários interativos, sugerindo que os estudos interativos são uma bricolagem de estudos de cinema e documentários, além de estudos de software, novas mídias e códigos, com o novo materialismo incentivando um determinado teor ou carimbo para tudo. ” (MILES, 2017, pg. 10, tradução nossa).

As referências deste post são do artigo: “Matters of concern and interactive documentary: notes for a computational nonfiction“. de Adrian Miles (2017) School of Media and Communication, RMIT University, Melbourne, Australia.

Espero que possa ter sido um norte para minha pesquisa, até breve !

Este post teve como trilha sonora o Álbum Supertramp Live 1997.