Existem mais de mil e uma maneiras de se fazer um filme documentário, inclusive usando um software interativo.

Explico mais sobre o assunto no e-book “O Documentário Interativo como o Software Korsakow “, resultado de nossa pesquisa no Mestrado em Indústrias Criativas, da UNICAP- Universidade Católica de Pernambuco, publicado com premiaçãoa do edital da Lei Aldir Blanc – Formação & Pesquisa, de 2021, do Governo de Pernambuco.

O texto é uma contribuição para o debate sobre temas que abordo por aqui no blog, e que concentram-se em trabalhos sobre teoria digital, big data, mídia social, jogos, realidade virtual e interatividade em cinema e mídia.

O design gráfico é de Felipe Ferreira, @catador_de_luz , com produção da Fanzine Ltda. ME https://fanzinemulti.46graus.com/, nossa editora.

Compartilho ele aqui e também o link pra baixar gratuitamente, a seguir:

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Chegou o dia de defender o Mestrado !

Na última sexta-feira, dia 10, apresentei minha pesquisa no Mestrado Profissional em Indústrias Criativas da UNICAP -Universidade Católica de Pernambuco, intitulada “O Documentário Interativo com o software Korsakow”, uma análise do programa computacional com propostas de modelos narrativos para desenvolvimento de projetos neste campo do audiovisual. Este blog aqui acompanhou o todo o processo desde o início.

O caminho começou em 2019 e tive a honra de ter como orientadores, os Profs. Doutores João Guilherme Peixoto e Anthony Lins, e que também contou com toda atenção desde a qualificação da Profa. Doutora Kátia Augusta Maciel (UFRJ) e do Prof. Doutor Dario Brito (UNICAP). Muito mais que professores, verdadeiros cientistas !!!

Este post é para agradecer e comemorar a aprovação e pra dizer que o texto será lançado em breve, no formato de e-book.

O futuro está começando a ser escrito, ou melhor, segue seu fluxo nas redes.

Em breve teremos novidades !

Axé !!

Lista atualizada de K-filmes no Showcase.

Publico aqui, a quem interessar possa, uma lista atualizada dos K-filmes com os links ativos e em Adobe Flash ( Descontinuados/EOL), no Showcase do site do KORSAKOW, em Março de 2021.

Esta lista é parte integrante de Apêndice da minha dissertação de Mestrado em Indústrias Criativas, na Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP, sobre o uso do software de edição Korsakow na produção de narrativas não-lineares e interativas em documentários audiovisuais.

Primeira versão final !

Este post é curtinho, somente para deixar registrado.

Esta semana, dia 24 de maio de 2021, enviamos a primeira versão final do texto da nossa pesquisa de Mestrado em Indústrias Criativas, sobre o software de mídia Korsakow e seu uso em produção de narrativas interativas documentais.

Uma boa parte do percurso desta pesquisa pode ser visto aqui, ao longo dos posts desse Blog.

Começamos em 2019 com dois primeiros semestres intensos e gratificantes, depois a pandemia nos trouxe aulas à distância em 2020. Mantivemos em 2021 os encontros virtuais com meus orientadores, os Prof. Doutores João Guilherme e Anthony Lins, que mais que professores se tornaram amigos de todas as horas e dúvidas.

Agora é ver os ajustes finais e partir para a defesa. Espero que possa contar com a presença da Profa. Dra. Kátia Augusta Maciel (UFRJ) e do Prof. Dr. Dario Brito (UNICAP), presentes na banca de qualificação.

Após a defesa pretendemos apresentar aqui um texto no formato de ebook, para quem tiver interesse na pesquisar sobre o campo dos documentários interativos.

Nem ficou tão curtinho assim … Vamos preparar a defesa então !

Se cuidem e Saúde !!!!

Finalmente a lista atualizada de K-filmes do Showcase!

Após o EOL (End of Line) do Adobe FLASH Player no início de janeiro, o site do Korsakow atualizou o Showcase na lista atualizada que têm 56 K-filmes e apontando os que usam o aplicativo e que estão desabilitados.

Demorou um pouco pra colocar aqui pois estávamos atualizando um artigo que já vislumbrava justamente dos impactos deste fato para o programa, e que agora têm dados mais robustos.

Como já havia sido anunciado pela Adobe o fim do Flash, nos últimos meses de 2020, fizemos uma arqueologia digital catalogando todos os K-filmes que ‘tocavam’ no finado Flash, salvando provisoriamente, alguns dados sobre os mesmos e preservando sua memória digital.

Projeto Tafos, fotografia e sociedade no Peru, no doc interativo “These Photos”.

Depois de alguns dias ‘imerso’ no planejamento da dissertação e no já início do texto da mesma, finalmente um curto respiro.

Abertura – “These Photos”.

No post de hoje trago mais um dos K-Filmes que fazem parte da nossa análise sobre Korsakow em filmes documentários, é o “These Photos“.

O projeto pode ser visto on line neste link http://thesephotos.korsakow.tv/

Idealizado pela inglesa Tiffany Fairey como parte de sua pesquisa de doutorado em Sociologia Visual no Goldsmiths College de Londres, utiliza o Korsakow na construção de uma narrativa interativa sobre o trabalho do grupo TAFOS no Peru do final do século XX, como explica a autora, ” entre 2011-12, conduzi pesquisas sobre a experiência da TAFOS como parte do meu doutorado. Eu examinei especificamente o impacto de longo prazo do projeto em seus participantes e a circulação das imagens do TAFOS desde o encerramento do projeto.”

A navegação é realizada através das pré-visualizações.

O TAFOS foi um projeto pioneiro de ‘fotografia social’ realizado no Peru de 1986 a 1998. Envolveu mais de 270 fotógrafos de comunidades de todo o país; incluindo coletivos campensinos, mineiros, mulheres e jovens que viviam em bairros urbanos e comunidades afro-peruanas. O projeto durou 12 anos turbulentos da guerra civil peruana, capturando testemunhos vitais e percepções sobre o movimento político de base e a vida das pessoas naquela época.

Imperdível pra quem curte fotografia e documentários juntos ! Até Breve !

Ensaiando com a realidade no doc interativo Reharsing Reality .

Realizado pela artista Nina Simões (2007) aborda a introdução de práticas estéticas do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, em ocupações do MST – Movimento dos Sem Terra, no Brasil.

Ele foi montado no então recém lançado software Korsakow, que ao permitir interatividade às narrativas constrói um interessante paralelo entre o formato do documentário nas novas mídias e os processos de escolha que os membros do MST podem fazer individual e coletivamente acerca de questões políticas, sociais e culturais nas encenações levadas as comunidades.

O filme faz parte do seu trabalho de Doutorado na University of Arts de Londres, UK, “decidi explorar o uso das novas mídias para ilustrar as relações particulares entre artes e política, interrupção e narrativas, representação e autorias”, esclarece.

Home page

segue o link http://www.rehearsingreality.uk/


Na época a diretora propôs chamá-lo de docufragmentário, pois descrevia seu filme como uma série de sequências curtas que variam em conteúdo e tempo, permitindo um desenvolvimento muito fragmentário.

Enquanto as informações são passadas de uma forma específica nas sequências, seu significado pode ser construído ao escolher o que ver clicando nas miniaturas que vão surgindo abaixo da tela principal.

Estes “pedaços” de informação documentais variam de acordo com o que se escolheu, e influenciam o que vai aparecer em seguida de acordo com as interpretações do espectador, criando um aspecto inclusivo que o torna um participante ativo do trabalho.

Estou no momento finalizando um artigo sobre este I-doc relacionando conceitos que vimos na disciplina – Poder e Consumo na Sociedade Contemporânea – deste semestre. Espero trazer aqui em breve os resultados ! Até lá ! #ficaemcasa.


Mapeando novos terrenos, né McLuham ?

Quero trazer aqui hoje duas ilustrações propostas pelo pesquisador australiano Adrian Miles, em artigo de 2017, sobre o que ele imagina onde possa estar se situando o campo de estudo dos documentários computacionais, termo que ele também propõe.

Ele explica, “a figura 3 é mais apropriada, proposicional e didática. Aqui, os estudos documentais ainda se encontram dentro dos estudos de cinema, com a introdução do campo mais recente de novos estudos de mídia, sobrepondo estudos de cinema. Isso reflete a influência agora óbvia da digitalização na gravação, edição e distribuição do cinema, e o exame teórico do que essas mudanças provocaram na produção, no estilo, na economia e na agência de mudanças do público. Também reflete a extensão em que os estudiosos do cinema e dos estudos documentais confiam nas teorias de Lev Manovich, em The Language of New Media, para criação de novas mídias”. (MILES, 2017, pg. 9, tradução nossa).

Já nesta figura ele sugere ” a figura 4 é uma maneira mais interessante de se questionar sobre o documentário interativo como um emaranhado confuso de pessoas, mídia, tempo, tecnologias, interatividade, materialidade e produção, do que os estudos de cinema e documentário alcançam por si mesmos. Isso está mais próximo do que algo chamado não-ficção computacional poderia fazer. (MILES, 2017, pg. 10, tradução nossa).

A proposta de estudos proposta por Miles situa-se na confluência entre as Teorias de Ator Rede e Novo Materialismo para o campo no que esclarece ainda: ” neste desenho, os estudos de cinema não fornecem mais as lentes principais para a exibição e a realização de documentários interativos, sugerindo que os estudos interativos são uma bricolagem de estudos de cinema e documentários, além de estudos de software, novas mídias e códigos, com o novo materialismo incentivando um determinado teor ou carimbo para tudo. ” (MILES, 2017, pg. 10, tradução nossa).

As referências deste post são do artigo: “Matters of concern and interactive documentary: notes for a computational nonfiction“. de Adrian Miles (2017) School of Media and Communication, RMIT University, Melbourne, Australia.

Espero que possa ter sido um norte para minha pesquisa, até breve !

Este post teve como trilha sonora o Álbum Supertramp Live 1997.